Não é fácil ver que a planilha “minhas finanças” é uma verdadeira bagunça e suas contas bancárias e carteira não estão tão recheadas como deveriam. Não adianta tapar o sol com a peneira e enganar-se. É preciso reconhecer o problema e descobrir como solucioná-lo.
Abaixo vamos ajudar com alguns passos que são importantes para dar neste momento. É importante que você passe por esse processo, porque senão “minhas finanças” viram “minhas dívidas”.
1 – Minhas Finanças: qual é o estado atual?
Primeiro de tudo é necessária fazer uma verdadeira análise sobre o estado de suas contas. Abra a planilha Minhas Finanças no Excel e mande ver. Quanto há na conta corrente? E na poupança? Há outros investimentos? E dinheiro vivo na carteira e em casa? Tudo vale.
Caso você tenha bens, é interessante botar eles na conta também. Mas seja realista: coloque o valor real, de mercado, de sua casa e carro. O mesmo para outras posses – outros veículos e máquinas, arte, etc – que tenham peso ao serem colocadas à venda.
O número que será alcançado é de suma importância, já que ele é o que você tem neste mundo e pode ser um começo para dar fôlego às suas contas.
2 – Quanto você vai ganhar no mês? E gastar?
Depois do passo 1, é preciso saber suas movimentações em um dado período. Começar pelo mês é uma boa porque te dá exata noção da saúde de suas finanças. É aqui que são encontrados os principais problemas de orçamentos, sejam individuais ou familiares: o gasto supera os ganhos e começa a comer sobre o que você estimou no ponto 1.
Por essas e outras muitas razões é importante manter uma planilha de gastos muito atualizada e minuciosa, com o máximo de detalhes possível. Porque assim diagnosticar qual é o problema na sua saúde financeira e saber onde cortar fica mais fácil. Cada centavo gasto terá um controle em cima.
3 – É a hora de fazer cortes
O título não abre muito para pessoas que passaram pelos dois passos acima e saíram felizes e no verde. Se esse for seu caso, parabéns e continue nesse ritmo!
Para quem não pode dizer o mesmo, depois de fazer toda essa análise e ter os números na tela, o importante é saber fazer uma mudança. A intensidade dela depende muito, mas os cortes são necessários (ter menos despesas) caso realmente não dê para
aumentar as entradas. Esse extra pode vir decorrente de um aumento no emprego, mais vendas no seu negócio, etc.
Todo texto sobre poupar vai falar sobre os cortes supérfluos e como eles precisam ser cortados.
Mas a verdade é que para acertar as finanças há que fazer o mesmo que uma pessoa que quer perder peso e entra em uma dieta: o importante é se reeducar.
O gasto supérfluo é uma forma de adoçar a vida, assim como um brigadeiro traz um sorriso especialmente para a pessoa na dieta mais restritiva. Sair com amigos, fazer uma viagem no fim de semana, ir no cinema com o companheiro (a).
Mais importante que sair cortando é adaptar-se e para isso dá para contar com amigos, familiares e as pessoas mais próximas. Avisar que não vai dar para sair tanto para seus amigos, dizer para sua família que por alguns meses vai ser preciso fazer alguns sacrifícios. Explicar para seu namorado (a) para deixar os presentes de lado em uma data específica…. É duro, mas é necessário e temporário. A palavra disciplina é o lema aqui.
4 – Caso só cortes não sejam suficiente
Parar com alguns gastos pode não ser o suficiente para arranjar sua vida financeira, por mais que seja um passo necessário. A escola das crianças, aluguel, planos de saúde… há despesas que não podem ser cortadas.
Se ainda é necessário mais um fôlego no orçamento, um empréstimo pode ser uma boa ideia. Ele precisa ser acompanhado de um bom estudo financeiro e não feito na correria. Use um comparador online para saber onde estão as melhores ofertas e condições. E decida se o melhor é fazer um empréstimo online pessoal, consignado ou se vale a pena envolver carro e imóvel como garantia.
O empréstimo nesse caso pode ajudar a pagar as contas mais urgentes. Ou então pagar uma dívida cujos juros e multas sejam mais pesadas de arcar que as do empréstimo. Também dá para investir em um curso ou oportunidade que melhore sua condição financeira.
Mas nunca se acomode e pense que está tudo resolvido, afinal as parcelas do empréstimo logo chegarão. Tente negociar para pagar elas o mais tarde possível sem ter que arcar com um CET bem mais alto.
Minhas finanças: a regra de ouro
Por mais complicado que seja manter as finanças pessoais em dia – e os mais de 60 milhões de brasileiros inadimplentes são prova disso – há uma regra de ouro que nunca pode ser perdida de vista: nunca gaste mais do que você ganha.
Claro que isso é fácil de falar (e escrever), mas difícil de seguir em um país onde a economia ainda patina e o desemprego supera os 12 milhões de pessoas. Por isso, acompanhando essa regra simples, há que ter claras outras coisas como a importância de poupar para sobreviver a dias complicados, sempre manter-se atualizado e estudando para ter uma vida profissional mais longa e várias outras.
Independente de seu estrato social, profissão, idade, manter total controle das suas finanças é possível e não exige grandes esforços. Citei a planilha “minhas finanças” do Excel, mas pode ser o caderninho “minhas finanças” também. Na ponta do lápis ou com dedo na tela, o importante é saber onde seu suado dinheiro está indo. E tentar evitar que ele se transforme em uma fonte de dor de cabeça constante.